Apenas as abelhas fêmeas trabalham. Os machos podem entrar em qualquer colmeia ao contrário das fêmeas. A única missão dos machos é fecundar a rainha. A rainha voa o mais que pode e é fecundada pelo macho que conseguir ir ter com ela. Depois de cumprirem essa missão, eles não são mais aceites na colmeia. No fim do verão, ou quando existe pouco mel na colmeia, as operárias fecham a porta da colmeia e deixam os machos morrerem ao frio e à fome.
in Wikipedia
Esta realidade das abelhas pôs-me a pensar, que embora pareça que nas colmeias a vida mais previligiada é a da rainha, talvez não seja bem assim. Pelo contrário, parece-me que a abelha rainha é a que desempenha o papel mais penoso.
É verdade, para as operárias não é fácil, passam a vida a trabalhar, e a impedir a entrada dos machos no fim do verão, é, portanto, uma vida comparada à de escravos, cuja existência é única e exclusivamente dedicada ao trabalho (Just work, no fun, poor bees).
E, é verdade, embora pareça que a vidinha dos zangões é só boa vida (Just fun, no work), eis que quando fecundam a abelha rainha, morrem, ou seja, dito de uma forma mais radical, fazem o seu trabalhinho, e depois disso passam a ser dispensáveis.
No entanto, a rainha dura cerca de 4 anos, enquanto que as operárias têm uma vida extremamente curta, assim como os zangões, vidas penosas mas de pouca dura. Imaginemos, que esta rainha das abelhas é capaz de desenvolver uma consciência, de desenvolver uma capacidade originalmente humana, imaginem quão penosa será esta vida Real, tendo consciência que as suas operárias vivem a sua curta vida apenas para trabalhar, que fecundar a rainha significa para os zangões a sentença de morte!!! Vida dura não?
Agora, e porque ainda quero que este post possua uma linha de raciocínio, pensemos na vida humana, na nossa realidade. Não conseguiremos estabelecer uma analogia entre o mundo das abelhas e o nosso próprio mundo? Como será a consciência das nossas rainhas, reis, presidentes, etc, isto se, é claro, forem capazes de desenvolver uma consciência!!!! Imaginemos, novamente que estes conseguem desenvolver uma consciência, como conseguirão viver sabendo que existem tantas injustiças no nosso mundo, tanta coisa para resolver? E que, de certa forma, serão, directa ou indirectamente, responsáveis por estes problemas.
E porque estamos em época de eleições, não deveremos nós repensar na posição frequentemente tomada de ânimo leve por muito boa gente de que essa gente da política, só anda aqui para enriquecer à nossa custa, que só querem é boa vida? Será mesmo boa vida? É óbvio que para alguns, sim, é verdade, mas para aqueles que o fazem por paixão, por acreditar e acima de tudo com consciência, será mesmo boa vida?
Para reflectir, com consciência.
4 comentários:
Postagem que desperta interesse em ler até o fim. Gostei bastante da analogia feita entre realidade e realeza!
Um bjo grande!
=)
:)
Obrigada.
Fico contente por a mensagem ter chegado aí a esse lado :)
Beijos
"Enquanto está presa, Maia descobre um plano das vespas para atacar a colmeia onde nasceu. Assim, Maia encontra-se no dilema de enfrentar a situação: voltar ao enxame e sofrer o seu devido castigo, salvando a colmeia, ou não avisar ninguém, salvando-se a si mesma do castigo, mas permitindo a destruição da colmeia. Como é esperado, após ponderar muito sobre o assunto, Maia toma a decisão de regressar. Na colmeia, ela anuncia que é iminente um ataque das vespas e, inesperadamente, é perdoada."
Bem que as abelhas até escrevem histórias para ensinar as crianças humanas sobre o sentido de comunidade... e que devemos proteger os nossos semelhantes.. mas acho que muitos com a mania de ser reis já usam uma coroa, e é tal o peso desta que se enterra na cabeça até lhes tapar os olhos e ouvidos fazendo deles reis surdos e cegos...
Existem muitos como tu descreveste, sem consciência mas quero acreditar que não todos. Serei uma idealista?
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